sábado, 19 de abril de 2014

Interpretação de texto para séries finais do ensino fundamental

Defenestração

 

Certas palavras têm o significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra. Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.

– Os hermeneutas estão chegando!

– Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada…

Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem o seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter um sentido oculto. (...)

Traquinagem devia ser uma peça mecânica.

– Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.

Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração. A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico.

Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:

– Defenestras?

A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas… Ah, algumas defenestravam.

Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais. Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais? "Nestes termos, pede defenestração…" Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-la usado uma ou outra vez, como em:

– Aquele é um defenestrado.

Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada, era a palavra exata. Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. "Defenestração" vem do francês "defenestration". Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.

Ato de atirar alguém ou algo pela janela! Acabou a minha ignorância, mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?

Talvez fosse um hábito francês que caiu em desuso. Como o rapé. Um vício como o tabagismo ou as drogas, suprimido a tempo. (...)

Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada. Na lua-de-mel, numa suíte matrimonial no 17º andar.

– Querida…

– Mmmm?

– Há uma coisa que preciso lhe dizer…

– Fala, amor!

– Sou um defenestrador.

E a noiva, em sua inocência, caminha para a cama:

– Estou pronta para experimentar tudo com você!

Em outra ocasião, uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:

– Fui defenestrado…

Alguém comenta:

– Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela?

Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.

 

Luis Fernando Verissimo

 

1. De acordo com esse texto, o que é defenestração?

a) Dedetizar insetos pelas ruas.

b) Fazer solicitação ao juiz.

c) Galantear alguém nas calçadas.

d) Atirar algo ou alguém pela janela.

e) Uma peça mecânica.

 

2. Considerando-se o conjunto de informações do texto, o narrador se diz fascinado pela palavra defenestração, porque:

a) ele desconhecia o significado da palavra.

b) ele imaginava o significado da palavra como algo exótico.

c) ele imaginava o significado da palavra como algo proibido.

d) ele ligava a palavra à linguagem jurídica ou técnica.

e) ele se encantava com a palavra, primeiro por causa dos significados que imaginava para ela, depois por causa do significado dicionarizado dela.

 

3. No decorrer do texto, o narrador imaginava possíveis significados para defenestração. Pela ordem, poderíamos dizer que ele atribuía à palavra os seguintes sentidos:

a) conduta sexual não convencional, dedetização, deferimento.

b) prática ilegal, arrumação, requerimento.

c) xingamento, cuidados domésticos, documento formal.

d) indiscrição, arrumação, providências.

e) conduta imprópria, consertos, aprovação.

 

4. No trecho Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais, o narrador utilizamisteriosas referindo-se:

a) ao fato de que as palavras sempre podem ser utilizadas de várias maneiras.

b) ao fato de que a linguagem formal (jurídica, no caso) utiliza palavras cujo significado é desconhecido pela maioria das pessoas.

c) ao fato de que as pessoas em geral não se preocupam em ler os documentos formais.

d) ao fato de haver baixo nível de formação escolar neste país.

e) ao fato de as palavras sempre possuírem significados ocultos.

 

5. Depois de descobrir o real significado de defenestração, o narrador continua fascinado pela palavra porque:

a) o significado dela remete a um ato pouco comum, e ele fica imaginando as razões da existência de tal palavra.

b) ele não havia pensado na possibilidade do significado real.

c) ele não vê utilidade na palavra.

d) ele não se mostra favorável a estrangeirismos.

e) o significado da palavra remete a uma ação que não praticamos em nossa cultura.

 

6. A princípio foi o fascínio da ignorância. Nesta frase, as palavras receberam acento por serem:

a) proparoxítonas.

b) paroxítonas terminadas em o.

c) paroxítonas terminadas em ditongo crescente.

d) proparoxítonas terminadas em ditongo crescente.

e) paroxítonas terminadas em a.

 

7. E  está o Aurelião que não me deixa mentir. A palavra destacada é acentuada pelo mesmo motivo de:

a) nó                                                        

b) táxi                                         

c) até

d) dói

e) contribuí

 

8. Assinale o item em que todas as palavras são acentuadas pela mesma regra de: exótico, até e dicionário.

a) óculos, café, água

b) lâmina, ré, aquário

c) biólogo, pé, necessária

d) comprássemos, fé, língua

e) impaciência, você, dúvida

 

9. Marca o item em que necessariamente o vocábulo deve receber acento gráfico:

a) esta                                                     

b) proprio

c) rape                                      

d) habito

e) vicio

 

10. Assinala a alternativa correta:

a) Na primeira frase do texto, a palavra têm foi empregada com acento para diferenciar o plural.

b) Assim como lua-de-mel, a palavra auto-escola deve ser escrita com hífen.

c) São exemplos de proparoxítonas: mecânica, herméticos, óbvio.

d) "Defenestração" vem do francês... Nesse trecho, a palavra destacada é uma forma do verbo ver.

e) amassá-lo recebe acento por se tratar de uma proparoxítona.    


RESPOSTAS: 
1. D
2. E
3. A
4. B
5. A
6. C
7. E
8. A
9. B
10. A

 

domingo, 13 de abril de 2014

Interpretação textual para o 1º ano - ensino médio

                   Os puristas e a mentira do "vale-tudo"


            Atenção! Cuidado! Alerta! Não acredite nos puristas que  andam declarando nos meios de comunicação que os  linguistas são defensores do "vale-tudo" na língua. Esse é  mais um dos muitos argumentos falaciosos que eles  utilizam para desqualificar os resultados das pesquisas  científicas e as propostas de renovação da pedagogia de  língua inspiradas em critérios mais racionais e menos  dogmáticos, e em posturas políticas menos intolerantes e  mais democráticas.

            É claro que, numa perspectiva exclusivamente linguística,  de análise da língua em seu funcionamento interno, tudo  tem o seu valor. Afinal, como nada na língua é por acaso,  então toda e qualquer manifestação linguística está sujeita  a regras e tem sua lógica interna: não há razão para  atribuir maior ou menor valor à forma linguística A ou à  forma linguística B. Seria algo tão inaceitável quanto um  zoólogo achar que as borboletas têm maior valor que as  joaninhas e que, por isso, as joaninhas devem ser  eliminadas... Para o cientista da linguagem, toda  manifestação linguística é um fenômeno que merece ser  estudado, é um objeto digno de pesquisa e teorização, e  se uma forma nova aparece na língua, é preciso buscar as  razões dessa inovação, compreendê-la e explicá-la  cientificamente, em vez de deplorá-la e condenar seu  emprego.

            Mas o linguista consciente também sabe que a língua está  sujeita a avaliações sociais, culturais, ideológicas, e que  precisa também ser estudada numa perspectiva  sociológica, antropológica, política etc. Nessa perspectiva,  existem formas linguísticas que gozam de maior prestígio  na sociedade, enquanto outras – infelizmente – são alvo  de estigma, discriminação e até de ridicularização. As  mesmas desigualdades, injustiças e exclusões que  ocorrem em outras esferas sociais – no que diz respeito,  por exemplo, ao sexo da pessoa, à cor da pele, à  orientação sexual, à religião, à classe social, à origem  geográfica etc. – também exercem seu peso sobre a língua  ou, mais precisamente, sobre modos particulares de falar a  língua.

BAGNO, Marcos.

01. Relacionando as ideias do texto a aspectos gerais da  língua falada e da escrita, analise as proposições  abaixo.

1) Numa perspectiva exclusivamente linguística,  não há como negar que a modalidade escrita é  comunicativamente mais correta, já que a  modalidade falada está mais sujeita a variações.

2) As manifestações mais evidentes de preconceito  linguístico se aplicam à modalidade falada da  língua e atingem, especialmente, as pessoas  que não dominam o que se chama de 'Norma  Culta'.

3) As atitudes discriminatórias que atingem certas  variantes da modalidade falada se assemelham  às desigualdades, injustiças e exclusões que  ocorrem em outras esferas sociais.

4) Para o cientista da linguagem, a alta frequência  de formas linguísticas novas que surgem todos  os dias na modalidade falada atesta a maior  dinamicidade dessa modalidade, em relação à  escrita.    Estão corretas:

A) 1, 2, 3 e 4

B) 2, 3 e 4, apenas

C) 1, 3 e 4, apenas

D) 1, 2 e 4, apenas

E) 1, 2 e 3, apenas

 

02. A análise das características gerais do Texto 1 nos  permite afirmar que:

1) apesar de ele ser iniciado com trechos  apelativos, do ponto de vista funcional, trata-se  de um texto expositivo, com argumentação  consistente em defesa de um posicionamento  teórico.

2) de um ponto de vista semântico, vê-se que há  evidente prevalência do sentido conotativo das  palavras e expressões nele empregadas, como  requer o gênero de texto selecionado.

3) nele, optou-se pela simplicidade vocabular e  pela obediência às recomendações da Norma  Padrão da língua, sem a utilização de muitas  figuras de linguagem que dificultassem sua  compreensão.

4) embora, do ponto de vista temático, ele aborde  questões referentes à língua, sua função não é  privilegiadamente metalinguística; o que  sobressai é sua função referencial.   Estão corretas:

A) 1, 2, 3 e 4

B) 1, 2 e 3, apenas

C) 1, 2 e 4, apenas

D) 1, 3 e 4, apenas

E) 2, 3 e 4, apenas

 

03. Mais relevante do que saber em que classe  gramatical uma palavra se enquadra é saber que  função essa palavra desempenha no texto e que  efeito de sentido provoca no discurso. Nessa  perspectiva, assinale a alternativa correta.

A) No trecho: "Não acredite nos puristas que  andam declarando nos meios de comunicação  que os linguistas são defensores do "vale-tudo"  na língua. Esse é mais um dos muitos  argumentos falaciosos que eles utilizam para  desqualificar os resultados das pesquisas  científicas (...).", os pronomes destacados levam  o leitor a realizar um movimento de retomada no  texto, o que promove a coesão entre fragmentos  desse trecho.

B) No trecho: "Afinal, como nada na língua é por  acaso, então toda e qualquer manifestação  linguística está sujeita a regras e tem sua lógica  interna:", o termo destacado é uma conjunção  que, nesse contexto, tem valor comparativo.

C) No trecho: "É claro que, numa perspectiva  exclusivamente linguística, de análise da língua  em seu funcionamento interno, tudo tem o seu  valor.", a expressão 'É claro' expressa um  sentido adverbial de dúvida e suposição.

D) O último parágrafo é iniciado com uma  conjunção: "Mas o linguista consciente também  sabe que a língua está sujeita a avaliações  sociais, culturais, ideológicas, (...).", que cumpre  a função de intensificar a referência feita ao  número de 'linguistas conscientes'.

E) No trecho: "existem formas linguísticas que  gozam de maior prestígio na sociedade,  enquanto outras – infelizmente – são alvo de  estigma, discriminação e até de ridicularização.",  o advérbio destacado indica o modo como as  formas linguísticas são discriminadas.

 

04. As regras ortográficas, mesmo sendo oficialmente  sancionadas, passam por alterações de tempos em

tempos. Acerca das regras ortográficas da língua  portuguesa, assinale a alternativa correta.

A) A supressão do trema, a partir do Acordo  Ortográfico que entrou em vigor em janeiro de  2009, alterou a grafia, por exemplo, das palavras  'distinguir' e 'sequidão'.

B) A regra que prevê acento em todas as palavras  proparoxítonas justifica o acento de palavras  como 'rúbrica' e 'púdica'.

C) Ainda que a letra h não represente um fonema  no início de algumas palavras, ela deve estar  presente, por exemplo, em: 'humidade' e  'hojeriza'.

D) Devem ser grafadas com c palavras como:  'pretencioso' e 'ancioso'.

E) Deve grafar-se com ç a palavra 'exceção'; e com  ss a palavra 'repercussão'.

 

05. O Texto 1 recomenda que tenhamos cuidado com os  "puristas". Na Literatura, também é possível identificar  uma visão mais, ou menos, purista da linguagem. A  esse respeito, assinale a alternativa correta.

A) A produção poética da 1ª geração romântica  apresenta forte preocupação purista, do que  decorre uma tentativa de fazer renascer a língua  portuguesa segundo os padrões lusitanos, com  forte rejeição às formas linguísticas nacionais.

B) O Arcadismo se destaca como um dos  movimentos literários de maior rigor purista, que  se revela na preferência por uma linguagem  rebuscada, vocabulário erudito, de difícil acesso  e frases na ordem inversa.

C) Os autores barrocos revelam uma visão purista  da linguagem ao privilegiarem o cultismo, que se  caracteriza pelo rebuscamento formal,  manifestado no jogo de palavras e no excessivo  emprego de figuras de linguagem.

D) A produção literária da 2ª geração romântica,  opondo-se à 1ª, adota uma visão nada purista,  revelada na extrema simplicidade da linguagem,  que rejeitava formas lusitanas para expressar,  nos textos, a grande alegria de ser brasileiro.

E) A 3ª geração romântica, antecipando a visão  pouco purista do Realismo, que viria em  seguida, prefere uma linguagem despojada,  direta e até chula, que consiga retratar com  objetividade a realidade brasileira

                             1B 2D 3A 4E 5C.

           


Interpretação de texto para 2º ano - ensino médio.

            A língua, em sua infinitude, em sua heterogeneidade e em  seu constante processo de mudança, é, no fundo,  incontornável. Isto é, não dispomos de meios para cercá-la,  para riscar um traço a seu redor, para desenhar uma linha que a contenha.

            Claro, a nossa cultura linguística tradicional tem enormes dificuldades para conviver com essas características da língua. Diante do infinito, do heterogêneo e do sempre mutante, muitas pessoas clamam por regras categóricas.

            Surgem, então, aqueles que se arrogam o direito de ditar  tais regras. Como não há um papa ou um supremo tribunal federal linguístico, alguns se acham no direito de assumir o papel de autoridade: inventam regras e proibições, condenam usos normais e ficam execrando e humilhando os falantes. E, pior, nunca admitem contestação. Infelizmente, esse autoritarismo gramatical, essas atitudes autocráticas têm grande prestígio nanossa sociedade, em especial entre alguns dos nossos intelectuais. No entanto,

um dos efeitos desse autoritarismo linguístico tem sido justamente bloquear o amplo acesso social a um bom

domínio da língua. Inibe e constrange. De um lado, porque instaura uma insegurança nos falantes. De outro, porque se aproxima dos fatos da língua sempre de modo fragmentário  (arrolam picuinhas sobre picuinhas – alguns chegam até a ultrapassar a casa do milhar), sem nunca oferecer uma perspectiva de conjunto da nossa realidade linguística, em particular da norma culta/comum/standard.

            Se não dispomos de uma autoridade suprema em matéria de língua, como podemos dirimir dúvidas ou arbitrar  polêmicas? Não temos alternativa, a não ser observar criteriosa e sistematicamente os usos. No caso da norma  culta/comum/standard, os bons dicionários e as boas gramáticas devem registrar e consolidar os usos

observados. Não cabe a eles criar regras, mas – observando os usos – cabe a eles descrever e consolidar  os fatos dessa norma.

FARACO, Carlos Alberto.

01. A análise de aspectos linguísticos presentes no  texto nos leva a concluir que:

1) Logo no primeiro parágrafo, identificam-se  palavras formadas pelo prefixo in-, com sentido  de 'inclusão': 'infinitude' e 'incontornável'.

2) No trecho: "arrolam picuinhas sobre picuinhas", a  preposição contribui para expressar a idéia de  quantidade: "arrolam picuinhas e mais picuinhas".

3) No trecho: "Surgem, então, aqueles que se  arrogam o direito de ditar tais regras.", a próclise  é opcional; a opção pela ênclise seria igualmente  aceita pela norma padrão da língua.

4) No trecho: "Não cabe a eles criar regras, mas –  observando os usos – cabe a eles descrever e  consolidar os fatos dessa norma.", o uso dos  travessões tem o efeito de enfatizar o trecho  'observando os usos', garantindo-lhe saliência  informativa.

 Estão corretas:

A) 1 e 3, apenas.

B) 1 e 4, apenas.

C) 2 e 4, apenas.

D) 2 e 3, apenas.

E) 1, 2, 3 e 4.

02. A análise de algumas formas verbais utilizadas no  texto nos permite afirmar corretamente que:

A) o trecho destacado em: "não dispomos de meios  (...) para desenhar uma linha que a contenha."  poderia estar no imperfeito do subjuntivo; neste  caso, a forma verbal correta seria 'que a  contesse'.

B) por meio da forma verbal destacada no trecho:  "os bons dicionários e as boas gramáticas devem  registrar e consolidar os usos observados" o  autor faz uma recomendação.

C) no trecho: "No entanto, um dos efeitos desse  autoritarismo linguístico tem sido justamente  bloquear o amplo acesso social a um bom  domínio da língua.", a forma verbal destacada  indica voz passiva.

D) a forma verbal utilizada no trecho: "Se não  dispomos de uma autoridade suprema em  matéria de língua, (...)" indica possibilidade futura.

E) no trecho: "Surgem, então, aqueles que se  arrogam o direito de ditar tais regras.", a opção  pelo presente do indicativo revela que o autor  está supondo que um fato poderia ocorrer.

 

03. A utilização do sinal indicativo de crase tem relação,  também, com a regência dos verbos. Sabendo disso,

assinale a alternativa na qual esse sinal foi  corretamente utilizado.

A) Quando fala em 'infinitude da língua', o autor se  refere à incalculáveis usos possíveis da língua.

B) Algumas 'proibições' na língua atrelam-se mais à  preconceito do que à reflexões sobre os usos.

C) Há regras gramaticais absurdas, que chegam à  proibir certos usos que já são correntes.

D) A atitude de 'autoritarismo linguístico', à qual o  autor alude no texto, está longe de ser superada.

E) No texto, o autor dirige sua crítica à todos que  adotam uma visão normativa da gramática.

 

04. "Depois da revolução romântica, formou-se em nosso  país um grupo de poetas que desejava restaurar a

poesia clássica. Propuseram, então, uma poesia  objetiva, de elevado nível vocabular, racionalista,  perfeita do ponto de vista formal e voltada para temas  universais." Instauraram, assim, no Brasil:

A) o Parnasianismo.

B) o Simbolismo.

C) o Pré-Modernismo.

D) o Realismo.

E) o Naturalismo.

 

1C 2B 3D 4A

Interpretação de texto para 3º ano - ensino médio

Texto 1

Mentira e verdade

            Alguns estudiosos afirmam que a mercadoria mais  importante do mundo moderno é a informação. Pensando  bem, foi sempre mais ou menos assim. Quem detinha a  informação era poderoso – daí que a mídia foi elevada a  quarto poder, tese contra a qual sempre me manifestei,  achando que a mídia é uma força, mas não o poder.

             Com a chegada da internet, suas imensas e  inesperadas oportunidades, o monopólio da informação  pulverizou-se. Os jornais, creio eu, foram os primeiros a  sentir o golpe, os livros logo em seguida, havendo até a  previsão de que ele acabará na medida em que se limitar  ao seu atual desenho gráfico, que vem de Gutenberg.

             Acontece que, mais cedo ou mais tarde, a mídia  impressa ficará dependente não dos seus quadros

profissionais, de sua estrutura de captação das  informações. Qualquer pessoa, a qualquer hora do dia ou

da noite, acessando blogs e sites individualizados, ficará  por dentro do que acontece ou acontecerá.

 Na atual crise que o país atravessa, a imprensa  em muitas ocasiões foi caudatária do que os blogs

informavam duas, três vezes ao dia. Em termos de  amplidão, eles sempre ganharão de goleada da imprensa  escrita e falada.

            O gigantismo da internet tem, porém, pés de barro.  Se ganha no alcance, perde no poder de concentração e  análise. Qualquer pessoa, medianamente informada ou  sem informação alguma, pode manter uma fonte de notícias  ou comentários com responsabilidade zero, credibilidade

zero, coerência zero.

             O mercado da informação, que formaria o poder no  mundo moderno, em breve estará tão poluído que

dificilmente saberemos o que ainda não sabemos: o que é  mentira e o que é verdade.

Carlos Heitor Cony.

 

01. Acerca de relações interoracionais presentes no Texto.  Analise as proposições abaixo.

1) O trecho: "Alguns estudiosos afirmam que a  mercadoria mais importante do mundo moderno é

a informação." exemplifica um caso em que o complemento de um verbo está na forma de uma oração.

 

2) Ao afirmar que "O gigantismo da internet tem,  porém, pés de barro.", o autor opera uma  mudança na direção argumentativa do texto.

 

3) No trecho: "Quem detinha a informação era  poderoso.", temos um caso em que o sujeito está  codificado na forma de uma oração.

 

4) No trecho: "Na atual crise que o país atravessa",  o autor utiliza duas formas com função adjetiva

em relação ao substantivo 'crise': 'atual' e 'que o  país atravessa'.   Estão corretas:

A) 1, 2, 3 e 4.

B) 1, 2 e 3, apenas.

C) 1, 2 e 4, apenas.

D) 1, 3 e 4, apenas.

E) 2, 3 e 4, apenas.

02. É possível reconhecer uma relação semântica de  causalidade no seguinte trecho:

A) "Os jornais, creio eu, foram os primeiros a sentir o  golpe, os livros logo em seguida, havendo até a

previsão de que ele acabará."

B) "Acontece que, mais cedo ou mais tarde, a mídia  impressa ficará dependente não dos seus  quadros profissionais, de sua estrutura de  captação das informações."

C) "Na atual crise que o país atravessa, a imprensa  em muitas ocasiões foi caudatária do que os  blogs informavam duas, três vezes ao dia."

D) "Com a chegada da internet, suas imensas e  inesperadas oportunidades, o monopólio da  informação pulverizou-se."

E) "Qualquer pessoa, medianamente informada ou  sem informação alguma, pode manter uma fonte

de notícias ou comentários com responsabilidade

zero, credibilidade zero, coerência zero."

 

03. Assinale a alternativa na qual a regência nominal  segue as regras da Norma Padrão.

A) A tese de que a mídia é um quarto poder não é  compatível ao pensamento do autor.

B) Algumas informações que são postas à  disposição aos usuários da Internet nem sempre  são confiáveis.

C) O gigantismo da internet perde no poder de  concentração e análise, devido ao acúmulo de  informações.

D) Pesquisas indicam que a mídia impressa ainda é  preferível do que a Internet.

E) Há sites não-confiáveis, que são propensos em  darem informações apressadas.

04. Assinale a alternativa em que as regras da  concordância foram obedecidas.

A) De fato, existe, atualmente, sites e blogs pouco  confiáveis na Internet.

B) Atualmente, veem-se notícias que não têm  nenhum fundamento, na Internet.

C) O alcance das informações propagadas pela  mídia eletrônica são incomparavelmente maiores.

D) Sem dúvida, sobra, na Internet, veículos de  informações pouco confiáveis.

E) Devem haver, certamente, sites de informação  mais seguros do que outros.

 

05. Acerca das vanguardas europeias, analise as  proposições a seguir.

1) Na literatura, as técnicas de pintura cubista  correspondem à fragmentação da realidade, à  superposição e simultaneidade de planos – por  exemplo, reunir assuntos aparentemente sem  nexo, misturar assuntos, espaços e tempos  diferentes.

2) As propostas futuristas para a linguagem literária  defendiam, dentre outras: as "palavras em  liberdade", por alterações sintáticas; a abolição  dos adjetivos e dos advérbios; e a abolição da  pontuação.

3) O Expressionismo se revela, na literatura, pelo  culto ao belo, pela organização canônica das  frases e pela preferência por temas que  expressavam o universo interior dos escritores,  como os sentimentos de amor, de medo e de dor.

4) Na literatura, o Dadaísmo caracteriza-se pela  agressividade, improvisação, desordem, livre  associação de palavras e pela invenção de  palavras com base apenas em seu significante.   Estão corretas:

A) 1, 2, 3 e 4.

B) 2, 3 e 4, apenas.

C) 1, 3 e 4, apenas.

D) 1, 2 e 3, apenas.

E) 1, 2 e 4, apenas.

Obs.: se precisarem do gabarito, mande-me um e-mail.

Interpretação de texto para 8º/9º anos

Defenestração

 

Certas palavras têm o significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias em todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra. Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.

– Os hermeneutas estão chegando!

– Ih, agora é que ninguém vai entender mais nada…

Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem o seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter um sentido oculto. (...)

Traquinagem devia ser uma peça mecânica.

– Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.

Mas nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração. A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar devia ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico.

Galanteadores de calçada deviam sussurrar no ouvido das mulheres:

– Defenestras?

A resposta seria um tapa na cara. Mas algumas… Ah, algumas defenestravam.

Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais. Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais? "Nestes termos, pede defenestração…" Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-la usado uma ou outra vez, como em:

– Aquele é um defenestrado.

Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada, era a palavra exata. Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. "Defenestração" vem do francês "defenestration". Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.

Ato de atirar alguém ou algo pela janela! Acabou a minha ignorância, mas não a minha fascinação. Um ato como este só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada abaixo. Por que, então, defenestração?

Talvez fosse um hábito francês que caiu em desuso. Como o rapé. Um vício como o tabagismo ou as drogas, suprimido a tempo. (...)

Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada. Na lua-de-mel, numa suíte matrimonial no 17º andar.

– Querida…

– Mmmm?

– Há uma coisa que preciso lhe dizer…

– Fala, amor!

– Sou um defenestrador.

E a noiva, em sua inocência, caminha para a cama:

– Estou pronta para experimentar tudo com você!

Em outra ocasião, uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:

– Fui defenestrado…

Alguém comenta:

– Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela?

Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassá-lo e defenestrar esta crônica. Se ela sair é porque resisti.

 

Luis Fernando Verissimo

 

1. De acordo com esse texto, o que é defenestração?

a) Dedetizar insetos pelas ruas.

b) Fazer solicitação ao juiz.

c) Galantear alguém nas calçadas.

d) Atirar algo ou alguém pela janela.

e) Uma peça mecânica.

 

2. Considerando-se o conjunto de informações do texto, o narrador se diz fascinado pela palavra defenestração, porque:

a) ele desconhecia o significado da palavra.

b) ele imaginava o significado da palavra como algo exótico.

c) ele imaginava o significado da palavra como algo proibido.

d) ele ligava a palavra à linguagem jurídica ou técnica.

e) ele se encantava com a palavra, primeiro por causa dos significados que imaginava para ela, depois por causa do significado dicionarizado dela.

 

3. No decorrer do texto, o narrador imaginava possíveis significados para defenestração. Pela ordem, poderíamos dizer que ele atribuía à palavra os seguintes sentidos:

a) conduta sexual não convencional, dedetização, deferimento.

b) prática ilegal, arrumação, requerimento.

c) xingamento, cuidados domésticos, documento formal.

d) indiscrição, arrumação, providências.

e) conduta imprópria, consertos, aprovação.

 

4. No trecho Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerravam os documentos formais, o narrador utilizamisteriosas referindo-se:

a) ao fato de que as palavras sempre podem ser utilizadas de várias maneiras.

b) ao fato de que a linguagem formal (jurídica, no caso) utiliza palavras cujo significado é desconhecido pela maioria das pessoas.

c) ao fato de que as pessoas em geral não se preocupam em ler os documentos formais.

d) ao fato de haver baixo nível de formação escolar neste país.

e) ao fato de as palavras sempre possuírem significados ocultos.

 

5. Depois de descobrir o real significado de defenestração, o narrador continua fascinado pela palavra porque:

a) o significado dela remete a um ato pouco comum, e ele fica imaginando as razões da existência de tal palavra.

b) ele não havia pensado na possibilidade do significado real.

c) ele não vê utilidade na palavra.

d) ele não se mostra favorável a estrangeirismos.

e) o significado da palavra remete a uma ação que não praticamos em nossa cultura.

 

6. A princípio foi o fascínio da ignorância. Nesta frase, as palavras receberam acento por serem:

a) proparoxítonas.

b) paroxítonas terminadas em o.

c) paroxítonas terminadas em ditongo crescente.

d) proparoxítonas terminadas em ditongo crescente.

e) paroxítonas terminadas em a.

 

7. E  está o Aurelião que não me deixa mentir. A palavra destacada é acentuada pelo mesmo motivo de:

a) nó                                                        

b) táxi                                         

c) até

d) dói

e) contribuí

 

8. Assinale o item em que todas as palavras são acentuadas pela mesma regra de: exótico, até e dicionário.

a) óculos, café, água

b) lâmina, ré, aquário

c) biólogo, pé, necessária

d) comprássemos, fé, língua

e) impaciência, você, dúvida

 

9. Marca o item em que necessariamente o vocábulo deve receber acento gráfico:

a) esta                                                     

b) proprio

c) rape                                      

d) habito

e) vicio

 

10. Assinala a alternativa correta:

a) Na primeira frase do texto, a palavra têm foi empregada com acento para diferenciar o plural.

b) Assim como lua-de-mel, a palavra auto-escola deve ser escrita com hífen.

c) São exemplos de proparoxítonas: mecânica, herméticos, óbvio.

d) "Defenestração" vem do francês... Nesse trecho, a palavra destacada é uma forma do verbo ver.

e) amassá-lo recebe acento por se tratar de uma proparoxítona

Obs.: Se precisarem do gabarito, mande-me um e-mail.

Interpretação de texto para 7º ou 8º ano

UM HOMEM DE CONSCIÊNCIA

  1.      Chamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e lealíssimo, com um defeito apenas: não dar o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro, a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro.
  2.      Nunca fora nada na vida, nem admitia a hipótese de vir a ser alguma coisa. E por muito tempo não quis nem sequer o que todos queriam: mudar-se para terra melhor.
  3.      Mas João Teodoro acompanhava com aperto de coração o desaparecimento visível de sua Itaoca.
  4.      – Isto já foi muito melhor, dizia consigo. Já teve três médicos bem bons – agora só um, e bem ruinzote. Já teve seis advogados e hoje mal dá serviço para um rábula ordinário como o Tenório. Nem circo de cavalinhos bate mais por aqui. A gente que presta se muda. Fica o restolho. Decididamente, a minha Itaoca está se acabando…
  5.      João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudar-se, mas para isso necessitava dum fato qualquer que o convencesse de maneira absoluta de que Itaoca não tinha mesmo conserto ou arranjo possível.
  6.      – É isso, deliberou lá por dentro. Quando eu verificar que tudo está perdido, que Itaoca não vale mais nada de nada de nada, então eu arrumo a trouxa e boto-me fora daqui.
  7.      Um dia aconteceu a grande novidade: a nomeação de João Teodoro para delegado. Nosso homem recebeu a notícia como se fosse uma porretada no crânio. Delegado, ele! Ele que não era nada, nunca fora nada, não queria ser nada, não se julgava capaz de nada…
  8.      Ser delegado numa cidadezinha daquelas é coisa seríssima. Não há cargo mais importante. É o homem que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo. Uma coisa colossal ser delegado – e estava ele, João Teodoro, de-le-ga-do de Itaoca!
  9.      João Teodoro caiu em meditação profunda. Passou a noite em claro, pensando e arrumando as malas. Pela madrugada, botou-as num burro, montou no seu cavalinho magro e partiu.
  10.      Antes de deixar a cidade, foi visto por um amigo madrugador.
  11.      – Que é isso, João? Para onde se atira tão cedo, assim de armas e bagagens?
  12.      – Vou-me embora, respondeu o retirante. Verifiquei que Itaoca chegou mesmo ao fim.
  13.      – Mas como? Agora que você está delegado?
  14.      – Justamente por isso. Terra em que João Teodoro chega a delegado, eu não moro. Adeus.
  15.      E sumiu.

(Monteiro Lobato, CIDADES MORTAS. 12a Edição. São Paulo,   Editora Brasiliense, 1965)

 

Feito a leitura, resolva estas questões, de acordo com o texto:

1. O texto de Monteiro Lobato retrata uma cidade que teve seus grandes dias na cultura do café. Pouco a pouco, entretanto, a cidade foi-se acabando. Dentre as alternativas abaixo qual a que explica a debilidade de Itaoca:

a.(  ) A deficiência dos meios de transporte impedia o escoamento da produção do café.

b.(  ) As pessoas mais cultas mudavam-se, buscando o conforto das grandes cidades.

c.(  ) O enfraquecimento das terras fazia o eixo econômico deslocar-se para outra região.

d.(  ) Os cargos importantes foram dados, por abuso de poder político, a pessoas incapacitadas.

 

2. O autor descreve João Teodoro como homem pacato, modesto, honesto, leal. Qual destas características poderia também fazer parte dessa descrição?

a.(  ) otimista       b.(  ) derrotista          c.(  ) idealista      d.(  ) conformista

 

3. João Teodoro resistiu à idéia de mudar-se, mas essa decisão não era definitiva. Em que situação ele se mudaria?

a.( ) Quando não tivesse mais ninguém morando na cidade.

b.( ) Quando a cidade voltasse a ser o que era antes.

c.( ) Quando algum fato o convencesse de que a cidade não oferecia mais motivo para continuar morando nela.

d.( ) Quando a cidade não tivesse mais nem médicos e advogados.

 

4. No entender de João Teodoro, as atribuições do delegado são: "…que prende os outros, que solta, que manda dar sovas, que vai à capital falar com o governo." Ele está:

a.(  ) certo, pois são essas as atribuições de todo delegado, de acordo com a Lei.

b.(  ) errado, pois os delegados só podem prender ou soltar pessoas mediante autorização do juiz; não podem autorizar nenhum tipo de castigo corporal, psicológico ou mental.

c.(  ) certo, porque são os delegados que decidem tudo o que deve ser feito na cidade onde atuam.

d.(  ) errado, porque são do governador essas atribuições.

 

5. Dê o significado dos verbos destacados nas frases abaixo:

a. Nem circo de cavalinho bate mais por aqui.

_____________________________________________________

b. João Teodoro entrou a incubar a ideia de também mudar-se. ______________________________________________

 

6. Dê o significado das seguintes palavras que aparecem no texto:

a. pacato (parág. 1) ________________________________

b. rábula (parág. 4) _________________________________

c. restolho (parág. 4) _______________________________

 obs.: Se precisarem do gabarito, mande-me um e-mail.

7. Explique a diferença de sentido entre:

a) ser delegado ______________________________________

b) estar delegado ____________________________________