sábado, 27 de agosto de 2011


Gêneros textuais mais usados nas redações dos vestibulares em Goiás


A – ARTIGO DE OPINIÃO

 

Texto jornalístico que caracteriza-se por expor claramente a opinião do seu autor. Também chamado de matéria assinada ou coluna (quando substitui uma seção fixa do jornal).

 

As CARACTERÍSTICAS do artigo de opinião são:

  • Contém um título polêmico ou provocador.
  • Expõe uma idéia ou ponto de vista sobre determinado assunto.
  • Apresenta três partes: exposição, interpretação e opinião.
  • Utiliza verbos predominantemente no presente.
  • Utiliza linguagem objetiva (3ª pessoa) ou subjetiva (1ª pessoa).

 

PROCEDIMENTOS ARGUMENTATIVOS DE UM ARTIGO DE OPINIÃO:

 

  • Relações de causa e consequência.
  • Comparações entre épocas e lugares.
  • Retrocesso por meio da narração de um fato.
  • Antecipação de uma possível crítica do leitor, construindo antecipadamente os contra-argumentos.
  • Estabelecimento de interlocução com o leitor.
  • Produção de afirmações radicais, de efeito.
  •  

Desordem e progresso

 


É condenável a atitude que grande parte da sociedade desempenha no que diz respeito à preservação do meio ambiente. Apesar dos inúmeros desastres ecológicos que ocorrem com demasiada freqüência, a população continua "cega" e o pior é que essa cegueira é por opção.
Não sou especialista no assunto, mas não é preciso que o seja para perceber que o Planeta não anda bem. Tsunamis, terremotos, derretimento de geleiras, entre outros fenômenos, assustam a população terrestre, principalmente nos países desenvolvidos – maiores poluidores do Planeta – seria isso mera coincidência? Ou talvez a mais clara resposta da natureza contra o descaso com o futuro da Terra? Acredito na segunda opção.

Enquanto o homem imbuído de ganância se empenha numa busca frenética pelo progresso, o tempo passa e a situação adquire proporções alarmantes. Onde está o tal desenvolvimento sustentável que é – ou era – primordial? Sabemos que o progresso é inevitável e indispensável para que uma sociedade se desenvolva e atinja o estágio clímax de suas potencialidades, mas vale a pena conquistar esse progresso às custas da destruição da fauna, da flora, da qualidade de vida que a natureza nos proporciona?

Não podemos continuar cegos diante dessa realidade. Somos seres racionais em pleno exercício de nossas faculdades, não temos o direito de nos destruirmos em troca de cédulas com valores monetários que ironicamente estampam espécies animais em seus versos. Progresso e natureza podem, sim, coexistir, mas para isso, é preciso que nós – população terrestre – nos conscientizemos de nossa responsabilidade sobre o lugar que habitamos e ponhamos em prática o que na teoria parece funcionar.

*Redação produzida por aluno da CENTRAL DE CURSOS-CURRAIS NOVOS/RN, dentro do Projeto de Incentivo à Leitura/2008.

 

 

B – CARTA DE LEITOR — DISCURSO PERSUASIVO

A carta de leitor é um texto que circula no contexto jornalístico, atendendo a diversos propósitos comunicativos: opinar, agradecer, reclamar, solicitar, elogiar, criticar, convencer, entre outros. Tendo em vista o uso do discurso persuasivo.

 

                                                                                   Campinas, SP:, 16 de fevereiro de 2005.

Folha de São Paulo,

 - Sou deficiente visual e leio a Folha pela internet por meio de um programa de síntese de voz. Gostaria de manifestar minha indignação em relação à coluna de Danuza Leão de 13/2. Fiquei profundamente chateada e decepcionada com o texto. Nele, as pessoas com deficiências são vistas como essencialmente dependentes, necessitadas de cuidados especiais e incapazes de se relacionarem com outras em pé de igualdade. Quanto preconceito não é? Hoje em dia, muito se tem falado sobre a autonomia dessas pessoas e sobre a possibilidade de elas exercerem plenamente a condição de cidadania, já que possuem direitos e deveres semelhantes aos de qualquer indivíduo. Entretanto, o artigo contraria esse princípio, reforçando estigmas e generalizações equivocadas. Em um dado momento, a autora afirma nunca ter se deparado com um casal formado por uma mulher com deficiência e um homem sem deficiência. Certamente ela deve conhecer muito pouco sobre esse universo, já que existem vários casais assim compostos. Mas a questão central não está na existência deles, e sim na concepção subjacente ao texto! É bem possível que, em um relacionamento, a pessoa com deficiência seja mais independente e mais provedora do que aquela dita "normal". Por que não? Mas a discussão da autora não alcança essa possibilidade e fica restrita ao nível dos rótulos baseados no senso comum! (F.F.G.B. )

 

C – CONTO OU CRÔNICA — DISCURSO NARRATIVO

 

De assunto livre, regra geral, a crônica é um comentário leve e breve sobre algum fato do cotidiano. Seu motivo, na maioria dos casos, é o pequeno acontecimento, isto é, a notícia que ninguém prestou atenção, o acontecimento insignificante, a cena corriqueira, trivialidades. Mas nem só de uma conversa despretensiosa a respeito do dia-a-dia vive a crônica. Com relativa frequência, ela se aproxima do conto, devido a um tratamento mais apurado aos temas, principalmente no que tange a linguagem (literária). Tanto é que, muitas vezes, é difícil estabelecer as diferenças entre o conto e a crônica, pois, nesse caso, dela também participam personagens; o tempo e o espaço estão claramente definidos e um pequeno enredo é desenvolvido. Essa proximidade é que tem levado vários cronistas à prática mais ou menos disfarçada do conto. No entanto, esta diferenciação só é perceptível àquele com leitura contínua de contos e de crônicas. De qualquer maneira, há certa dificuldade de se estabelecer uma fronteira teórica entre ambos. Contudo, podemos enumerar algumas características da crônica que podem ser confrontadas com as do conto. São elas:

 Está ligada à vida cotidiana. Contém um depoimento pessoal, com estilo e pontos de vista individuais. Narrativa informal, familiar, com sentimentos íntimos mais profundos.

 Procura reproduzir na escrita a linguagem do cotidiano, ou seja, coloquial, às vezes, carregada de sentimentos, ou de emoção, ou ainda, de ironia, de crítica.

 Tem sensibilidade em relação a realidade. Procura a síntese, a brevidade, a leveza de sentido e uma dose de lirismo.

 Faz uso do fato como meio ou pretexto para o artista exercer seu estilo e criatividade.

 Diz coisas sérias por meio de uma aparente conversa fiada.

A MAIS PURA VERDADE...

A medida que envelheço e convivo com outras, valorizo mais ainda as mulheres que estão acima dos 30. Elas não se importam com o que você pensa, mas se dispõem de coração se você tiver a intenção de conversar. Se ela não quer assistir ao jogo de futebol na tv, não fica à sua volta resmungando, vai fazer alguma coisa que queira fazer...
E geralmente é alguma coisa bem mais interessante. Ela se conhece o suficiente para saber quem é, o que quer e quem quer. Elas não ficam com quem não confiam. Mulheres se tornam psicanalistas quando envelhecem.
Você nunca precisa confessar seus pecados... elas sempre sabem... Ficam lindas quando usam batom vermelho. O mesmo não acontece com mulheres mais jovens... Mulheres mais velhas são diretas e honestas. 
Elas te dirão na cara se você for um idiota, caso esteja agindo como um!
Você nunca precisa se preocupar onde se encaixa na vida dela. Basta agir como homem e o resto deixe que ela faça... Sim, nós admiramos as mulheres com mais de 30 anos! Infelizmente isto não é recíproco, pois para cada mulher com mais de 30 anos, estonteante, bonita, bem apanhada e sexy, existe um careca, pançudo em bermudões amarelos bancando o bobo para uma garota de 19 anos...
Senhoras, eu peço desculpas! Para todos os homens que dizem: "Porque comprar a vaca, se você pode beber o leite de graça?", aqui está a novidade para vocês: Hoje em dia 80% das mulheres são contra o casamento e sabem por quê?
"Porque as mulheres perceberam que não vale a pena comprar um porco inteiro só para ter uma lingüiça!". Nada mais justo! (Arnaldo Jabor)

 

 

D – ARTIGO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

O artigo de divulgação científica traz, numa linguagem acessível ao grande público, reflexões a respeito de determinado tema investigado por uma comunidade científica. Geralmente, as opiniões de estudiosos e os resultados das investigações se complementam ou se opõem. Esse gênero se constitui a partir de uma seleção de informações e comentários relevantes para se ter uma visão geral acerca do tema. No texto, predominam seqüências expositivo-argumentativas.

Buraco da camada de ozônio se manteve estável nos últimos 10 anos

 

A camada de ozônio, o escudo que protege a vida na Terra dos níveis nocivos de radiação ultravioleta, manteve-se estável na última década, conforme estudo elaborado pela Organização Mundial da Meteorologia (OMM) e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), divulgado nesta quinta-feira.

Meias antibióticas podem estimular emissões de gases-estufa
Buraco de ozônio retém frio na Antártida, mostra relatório

Por esta avaliação científica sobre a camada de ozônio feita neste ano --a primeira atualização em quatro anos sobre o assunto--, a aplicação do Protocolo de Montreal "impediu um esgotamento maior da camada de ozônio", e ao mesmo tempo "apresentou valiosos benefícios secundários ao mitigar a mudança climática".

O protocolo, que regula o uso do CFC (clorofluorcarboneto), foi aprovado em 1987 por cerca de 200 países.

Os analistas preveem que, exceto nas regiões polares, a camada de ozônio se recupere antes de meados deste século, alcançando os níveis registrados antes de 1980.

Na Antártida, porém, onde o buraco na camada de ozônio é grande, a recuperação será mais demorada e deve ocorrer somente no fim do século 21.

"Na última década, o ozônio em nível global e nas regiões do Ártico e da Antártida não estão mais diminuindo, mas também não estão aumentando", salienta o estudo.

(Fonte: Folha de São Paulo, 16/09/2010

 

E – CARTA ARGUMENTATIVA

a) Estrutura dissertativa: costuma-se enquadrar a carta na tipologia dissertativa, uma vez que, como a dissertação tradicional, apresenta a tríade introdução / desenvolvimento / conclusão. Logo, no primeiro parágrafo, você apresentará ao leitor o ponto de vista a ser defendido; nos dois ou três subseqüentes (considerando-se uma carta de 20 a 30 linhas), encadear-se-ão os argumentos que o sustentarão; e, no último, reforçar-se-á a tese (ponto de vista) e/ou apresentar-se-á uma ou mais propostas. Os modelos de introdução, desenvolvimento e conclusão são similares aos que você já aprendeu (e você continua tendo a liberdade de inovar e cultivar o seu próprio estilo!);

b) Argumentação: como a carta não deixa de ser uma espécie de dissertação argumentativa, você deverá selecionar com bastante cuidado e capricho os argumentos que sustentarão a sua tese. É importante convencer o leitor de algo.

Apesar das semelhanças com a dissertação, que você já conhece, é claro que há diferenças importantes entre esses dois tipos de redação. Vamos ver as mais importantes:

a) Cabeçalho: na primeira linha da carta, na margem do parágrafo, aparecem o nome da cidade e a data na qual se escreve. Exemplo: Londrina, 15 de março de 2003.

b) Vocativo inicial: na linha de baixo, também na margem do parágrafo, há o termo por meio do qual você se dirige ao leitor (geralmente marcado por vírgula). A escolha desse vocativo dependerá muito do leitor e da relação social com ele estabelecida. Exemplos: Prezado senhor Fulano, Excelentíssimo senhor presidente Luís Inácio Lula da Silva, Senhor presidente Luís Inácio Lula da Silva, Caro deputado Sicrano, etc.

c) Interlocutor definido: essa é, indubitavelmente, a principal diferença entre a dissertação tradicional e a carta. Quando alguém pedia a você que produzisse um texto dissertativo, geralmente não lhe indicava aquele que o leria. Você simplesmente tinha que escrever um texto. Para alguém. Na carta, isso muda: estabelece-se uma comunicação particular entre um eu definido e um você definido. Logo, você terá que ser bastante habilidoso para adaptar a linguagem e a argumentação à realidade desse leitor e ao grau de intimidade estabelecido entre vocês dois. Imagine, por exemplo, uma carta dirigida a um presidente de uma associação de moradores de um bairro carente de determinada cidade. Esse senhor, do qual você não é íntimo, não tem o Ensino Médio completo. Então, a sua linguagem, escritor, deverá ser mais simples do que a utilizada numa carta para um juiz, por exemplo (as palavras podem ser mais simples, mas a Gramática sempre deve ser respeitada...). Os argumentos e informações deverão ser compreensíveis ao leitor, próximos da realidade dele. Mas, da mesma maneira que a competência do interlocutor não pode ser superestimada, não pode, é claro, ser menosprezada. Você deve ter bom senso e equilíbrio para selecionar os argumentos e/ou informações que não sejam óbvios ou incompreensíveis àquele que lerá a carta. 

d) Necessidade de dirigir-se ao leitor: na dissertação tradicional, recomenda-se que você evite dirigir-se diretamente ao leitor por meio de verbos no imperativo ("pense", "veja", "imagine", etc.). Ao escrever uma carta, essa prescrição cai por terra. Você até passa a ter a necessidade de fazer o leitor "aparecer" nas linhas. Se a carta é para ele, é claro que ele deve ser evocado no decorrer do texto. Então, verbos no imperativo – que fazem o leitor perceber que é ele o interlocutor – e vocativos são bem-vindos. Observação: é falha comum entre os alunos-escritores "disfarçar" uma dissertação tradicional de carta argumentativa. Alguns escrevem o cabeçalho, o vocativo inicial, um texto que não evoca em momento algum o leitor e, ao final, a assinatura. Tome cuidado! Na carta, vale reforçar, o leitor "aparece".

e) Expressão que introduz a assinatura: terminada a carta, é de praxe produzir, na linha de baixo (margem do parágrafo), uma expressão que precede a assinatura do autor. A mais comum é "Atenciosamente", mas, dependendo da sua criatividade e das suas intenções para com o interlocutor, será possível gerar várias outras expressões, como "De um amigo", "De um cidadão que votou no senhor", De alguém que deseja ser atendido", etc

Brasília, 30 de julho de 2009.
                                                                             Excelentíssimo Senhor Presidente José Sarney,
Com as minhas considerações, venho tratar de um assunto bastante recorrente na mídia nos últimos meses, o qual envolve diretamente V. Exa., como Presidente do Senado Federal, Casa pela qual tenho o maior respeito. Trata-se de denúncias de favorecimento a vários senadores, por via de Atos Secretos, inclusive o Senhor, fato que envergonha a todos nós, brasileiros.
A minha visão é de que o Senhor Presidente deveria pedir afastamento do cargo. Sem querer fazer um julgamento precipitado, até porque todos são inocentes até que se prove o contrário, o fato é que as denúncias existem e não são simples. São muitos os indícios de beneficiamento ilícito, como casos de nepotismo e aumento de verba indenizatória, sem publicação nos devidos órgãos de imprensa oficiais. Vossa Excelência aparece ligado a diversos desses Atos e, por isso, acho que sair, pelo menos temporariamente, seria uma prova de que pretende colaborar com as investigações.

Tais investigações constituem um elemento decisivo para a transparência pública, uma vez que a sociedade precisa ter conhecimento de como o dinheiro de seus impostos e tributos estão sendo aplicados. Num país em que a educação e saúde, só para citarmos duas áreas, costumeiramente vão de mal a pior, é inadmissível aceitarmos que ocorrências dessa natureza sejam consideradas normais. Por esse motivo, entendo que o Excelentíssimo Senador deve pedir licença, visando sempre ao interesse público.

Como cidadão brasileiro, consciente de minhas obrigações e direitos, é este o meu posicionamento. Se quem não deve não teme, dê-se a chance de esclarecer o que Senhor mesmo chama de denúncias infundadas, e isso só pode ser feito a partir do momento em que não mais ocupar a Presidência dessa Egrégia Casa, pois a sua imagem estará desvinculada de toda e qualquer "manobra" que porventura exista para não prolongar o caso.

Com os meus respeitos,

Povo Consciente
(http://centraldasletras.blogspot.com/2009/08/modelo-de-carta-argumentativa.html).

 

F – CARTA ABERTA

Diferente da carta pessoal, que costuma abordar um assunto de interesse individual e pessoal dos interlocutores, a carta aberta manifesta a opinião de um grupo de pessoas, entidades, sindicatos, etc. diante de uma questão de interesse coletivo.

Ela pode servir apenas para alertar, mas geralmente visa à mobilização de forma que se encontre uma solução para o problema denunciado. Dessa maneira, tem caráter argumentativo; portanto, a persuasão é um elemento usado para elaborar a carta aberta.

Sua estrutura é formada por:

 Título, em que se identifica o destinatário (a quem a carta se dirige).

 Remetente (quem a está enviando).

 Denúncia do problema e reivindicação de medidas para resolvê-lo.

 Conclusão, em que se busca persuadir o interlocutor com a sugestão de soluções. No final, antes da assinatura, pode ainda haver local e data.

O meio pelo qual a carta aberta é divulgada depende do destinatário. Por exemplo, se o remetente pretende alertar a população mundial para o buraco na camada de ozônio, pode recorrer à internet; se o objetivo é denunciar um problema na escola, é possível utilizar um mural. Independentemente do meio, a linguagem da carta aberta costuma ser formal.

   

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO

 

            Os Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação das escolas públicas de todo o Brasil recebem valores diferentes de salários, apesar de prefeitos e governantes obterem o mesmo valor por aluno matriculado.

            No dia de hoje, 25 de abril, estamos em todo o País fazendo manifestações para que todos(as) saibam e nos apóiem na luta em defesa de uma Escola Pública de Qualidade.

            Esta luta inclui a formação inicial e continuada; a valorização na carreira; melhores condições de trabalho; respeito profissional e uma remuneração digna àqueles que fazem a educação de todos(as) acontecer.

            Por isso, estamos exigindo um Piso Salarial Profissional Nacional que garanta condições dignas de vida e exercício de nossas profissões.

            Basta de piso que precise de complemento para alcançar o salário mínimo, como é a política salarial de alguns municípios e estados do País.

            Exigimos o respeito às conquistas de nossos direitos pelos governantes.

            Somos nós que, com nosso trabalho, educamos para a vida os filhos e filhas dos cidadãos sul-mato-grossenses e lutamos para que as promessas de todos os governantes relativas à Educação sejam cumpridas.

            Por isso, temos a certeza de contar com o apoio da sociedade para fortalecer nossa luta.

 

            FETEMS e seus 69 Sindicatos Municipais afiliados

                                                                                                   25 de abril de 2007.

 

G — FÁBULA

 A fábula é uma narrativa ficcional curta. Suas personagens, geralmente animais, representam características e sentimentos humanos e é comum o diálogo entre elas. Pode ser escrita em prosa ou em verso e é sustentada sempre por uma lição de moral, constatada na conclusão da história. É um gênero textual muito versátil, pois permite diversas situações e maneiras de se explorar um assunto. Pode-se utilizar da ironia, da sátira, da emoção, etc. Lembrando-se sempre de escolher personagens inanimados e/ou animais e uma moral que norteará todo o enredo.

 

A Cigarra e a Formiga

Num dia soalheiro de Verão, a Cigarra cantava feliz. Enquanto isso, uma Formiga passou por perto. Vinha afadigada, carregando penosamente um grão de milho que arrastava para o formigueiro.
- Por que não ficas aqui a conversar um pouco comigo, em vez de te afadigares tanto? – Perguntou-lhe a Cigarra.
- Preciso de arrecadar comida para o Inverno – respondeu-lhe a Formiga. – Aconselho-te a fazeres o mesmo.
- Por que me hei - de preocupar com o Inverno? Comida não nos falta... – respondeu a Cigarra, olhando em redor.
A Formiga não respondeu, continuou o seu trabalho e foi-se embora.
Quando o Inverno chegou, a Cigarra não tinha nada para comer. No entanto, viu que as Formigas tinham muita comida porque a tinham guardado no Verão. Distribuíam-na diariamente entre si e não tinham fome como ela. A Cigarra compreendeu que tinha feito mal...

Moral da história:
Não penses só em divertir-te. Trabalha e pensa no futuro.

 

 

H – CARTA PESSOAL

 A  carta pessoal é um gênero utilizado para comunicar a amigos ou familiares notícias ou assuntos de interesse comum, de forma mais longa e detalhada.

 

Porto Alegre, 28 de dezembro de 2002.

Amado filho Raul

     Há duas semanas você viajou para fazer o tão sonhado intercâmbio em Londres, e já sinto uma imensa saudade.

     Como foi a viagem? Estranhou o clima e a alimentação dos britânicos? Você vai ficar aí dois anos, por isso trate de escrever mais, já que nem sempre será possível telefonar. O que você está achando da cidade e dos londrinos?

     Seu pai e seus irmãos enviam fortes abraços, e Breno pede que você entre em contato com ele pela Internet. Na próxima semana, será o aniversário de sua irmã Ana; não se esqueça de telefonar.

     Aqui em Porto Alegre tem chovido bastante, e o calor continua intenso. Nas férias de janeiro, vamos para Camboriú. Vai ser tudo tão estranho sem você!

     Cuide-se bem, proteja-se do frio que é terrível nesta época e veja bem com que vai andar. Seu irmão pretende passar o mês de julho com você, se tudo correr bem. Se precisar de qualquer coisa, ligue para nós imediatamente. Responda logo e envie fotos.

     Mil beijos,

     Sônia

 

 

I – CONTO FANTÁSTICO

O conto fantástico é um gênero que segue a mesma estrutura do gênero conto – apresentação, complicação, clímax e desfecho. A narrativa do conto fantástico se estrutura de forma a criar expectativa e suspense, suscitando no leitor  um estranhamento provocado pela oposição entre o natural e o sobrenatural, mediante acontecimentos estranhos, bizarros e fora do comum. 

 

 J – CARTA DE RECLAMAÇÃO

 A carta de reclamação é um gênero do discurso persuasivo que apresenta a um interlocutor competente um problema, exigindo uma solução. Esse gênero utiliza como estratégia argumentativa a descrição do problema, suas  causas e conseqüências, a exposição de argumentos que comprovem que o remetente está com a razão e apresenta sugestões de possíveis medidas para a solução do problema

Mairipotaba, 30 de junho de 2011


À: JL – Moveis e Decorações LTDA

No que diz respeito ao pedido nº 45821, realizado em 15/02/2011, venho manifestar meu descontentamento, pois a entrega estava prevista para, no máximo, até o dia 30/03/2011.

Ou seja, já se passaram 90 dias no prazo limite de entrega e até o momento não recebi as mercadorias adquiridas ou qualquer explicação consistente sobre o ocorrido.

Dessa forma, caso o pedido não seja entregue até o dia 10/07/2011, a compra deve ser considerada cancelada, ficando, desde já, solicitada a restituição dos valores pagos.


Aguardo resposta.

Fulano de tal

 

Rua X , nº67, Centro Mairipotaba, GO. Cep 75630-000

 

K – MANIFESTO

 O manifesto é um gênero utilizado para declarar publicamente razões que justifiquem certos atos ou em que se fundamentem certos direitos. Com o objetivo de impactar a opinião pública, esse gênero apresenta tanto características expositivo-argumentativas, visando ao convencimento, quanto características persuasivas de apelo emocional, acentuando uma polêmica já existente.

No que concerne à linguagem empregada, esta pode variar conforme o estilo dos manifestantes, o público-alvo e o instrumento de divulgação. Normalmente, quando divulgado em jornais, revistas e/ou até mesmo na Internet, atribui-se o padrão formal da língua. Quanto aos aspectos estruturais, compõe-se dos seguintes elementos:

* Título Revela de modo sintético a ideia, o pensamento apresentado. 

* Corpo do texto Retrata de modo claro o posicionamento dos autores em questão, acompanhado dos argumentos convincentes que o justificam.

* Local, data e assinatura dos manifestantes. 


O Manifesto 2000 pela paz.


Reconhecendo a minha cota de responsabilidade com o futuro da humanidade, especialmente com as crianças de hoje e as das gerações futuras, eu me comprometo em minha vida diária, na minha família, no meu trabalho, na minha comunidade, no meu país e na minha região – a:

Respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminação ou preconceito;

Praticar a não violência ativa, rejeitando a violência sob todas as suas formas: física, sexual, psicológica, econômica e social, em particular contra os grupos mais desprovidos e vulneráveis como as crianças e os adolescentes;

Compartilhar o meu tempo e meus recursos materiais em um espírito de generosidade visando o fim da exclusão, da injustiça e da opressão política e econômica; Defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, dando sempre preferência ao diálogo e a escuta do que ao fanatismo, a difamação e a rejeição do outro;

Promover um comportamento de consumo que seja responsável e práticas de desenvolvimento que respeitem todas as formas de vida e preservem o equilíbrio da natureza no planeta;

Contribuir para o desenvolvimento da minha comunidade, com a ampla participação da mulher e o respeito pelos princípios democráticos, de modo a construir novas formas de solidariedade.

São Paulo, 10 de janeiro de 200.

Fulano de tal.

              

L – Editorial

O editorial é um gênero do discurso argumentativo que tem a finalidade de manifestar a

opinião de um jornal, de uma revista, ou de qualquer outro órgão de imprensa, a respeito de acontecimentos importantes no cenário nacional ou internacional. Não é assinado porque não deve ser associado a um ponto de vista individual. Deve ser enfático, equilibrado e informativo. Além de apresentar opiniões assumidas pelo veículo de imprensa, costuma também resumir opiniões contrárias, para refutá-las.

 

Inclusão Social: Implicações e Consequências

 

É difícil pensar que ainda hoje, século XXI, existem pessoas que são excluídas da sociedade. Isso fere ao que o Estatuto Brasileiro prega na lei 7.853, sancionada pelo então presidente do Brasil em 1989, José Sarney.  

Os diversos portadores de deficiência, tais como, cadeirantes, deficientes auditivos, visuais, entre outros, ainda vivenciam esse problema no nosso país. Por possuírem necessidades especiais são vistos como incapazes, ou meros inválidos.

A tão discutida valorização moral foi esquecida, atualmente para ser reconhecido na sociedade, é preciso uma boa aparência, uma boa dicção e uma posição social de destaque.

 Pode-se analisar também, os difíceis acessos dos deficientes aos coletivos e às novas tecnologias, uma vez que, estes aparatos devem ser produzidos de acordo com cada caso, e, por isso, se tornam muito caros.

É preciso estabelecer no Brasil, a igualdade de direitos, é preciso mudar! somos feitos à imagem e semelhança de Deus, e pra Ele não há acepção de pessoas!

 

 M – DISCURSO DE FORMATURA

O discurso de formatura é um gênero discursivo produzido para ser proferido oralmente a um auditório em um evento solene. Expressa formalmente a maneira de pensar e de agir do(s) locutor(es) e sua visão acerca dos interlocutores presentes na solenidade. Por se tratar de um texto construído com o objetivo de defender um ponto de vista sobre determinado assunto, buscando o convencimento do auditório e, logo, sua adesão às ideias defendidas, é um gênero com características predominantemente expositivo-argumentativas. Devido a essa forma de interação, o ponto de vista defendido deve ser fundamentado com explicações, razões, ilustrações, citações etc.

 

Senhoras e Senhores, 
Neste momento tão significativo, seria bom refletirmos sobre nossas vidas: o que buscamos? Para que estudarmos? Por que fazemos trabalhos escolares estafantes ou avaliações, às vezes, questionáveis? Enfim, por que devemos percorrer os caminhos da aprendizagem? 
Reflitamos: conseguiríamos viver sem essa, digamos, torturante, vida escolar? (...) seus sorrisos lhes tarem. Devo crer impossível! 
O ser humano nasceu para aprimorar-se. Não bastam apenas os ensinamentos ditados pela família, queremos mais... E se queremos mais, meus caros, é porque temos uma vida interior muito rica e que precisa da água redentora da educação. Essa água é a que move as pás do moinho de seus pensamentos, sensações, certezas e esperanças. 
Uma das grandes, senão a maior característica da juventude é a curiosidade intelectual que impulsiona vocês a descobrirem-se e ao mundo a suas voltas. 
Nesta etapa da vida estudantil, devem-se observar as profissões mais promissoras, mas, para que sua escolha seja definitiva, a orientação de todos nós, os chatos... pais, mestres e direção é preponderante, embora todos devamos ter a compreensão necessária e a paciência madura de também ouvi-los em seus anseios e sonhos... 
Talvez tenhamos encontrado alguma resposta às perguntas anteriores: a importância do estudo global, e não-direcionado à carreira que julgamos adequada para possivelmente aplacar uma ou outra frustração. Não devemos ensinar de forma preconceituosa, atendendo a espectativas particulares desta ou de outra disciplina, como se unidade sem o todo fosse o conjunto todo. Chega de preconceito!(...) 
Hoje, o mercado de trabalho exige, além do conhecimento específico de cada profissional em sua área de atuação, um elevado grau de interação com os problemas que cercam esse mundo moderno e paradoxalmente limitado pelas desigualdades... E, por isso, a cultura geral é fundamental. 
Não nos sentimos peças de museu... Não nos sentimos esgotados em nossa capacidade de auxiliá-los, pois entendemos que, antes de nos considerarmos mestres, fomos aprendizes em nossa convivência com todos vocês... Estamos, portanto, abertos ao diálogo conciliador para lhes oferecer uma palavra de carinho e incentivo, uma orientação especializada, que será pautada sempre pelo princípio da fraternidade. 
Não pretendemos ser somente mais um caminho, e sim um modelo a ser seguido por todos que aspiram a uma Nação mais forte, não remediada, mas curada dos males impostos por anos de silêncio e aculturação... 
Não queremos mais falar e deixar que o vento espalhe as palavras, tampouco aprisionar essas mesmas palavras, isso já custou-nos caro, queremos educar, formar, humanizar, respeitar os direitos individuais... 
Nossa sociedade tão carente precisa de nós. Precisa igualmente de vocês, de seu espírito jovem, comunicativo e... brincalhão! Esse bom humor e essa alegria são elementos fundamentais para o estabelecimento de um Brasil menos violento e desigual. 
Parabéns a seus pais que tanto se sacrificam e esperam de vocês, sobretudo, que sejam, pessoas éticas e respeitem o Estado de Direito...; parabéns aos colegas professores que assimilaram a tarefa divina de informar com profissionalismo e amizade...; parabéns aos profissionais que nos dão suporte: coordenação e direção; e, principalmente, parabéns a vocês, queridos formandos e formadas, sem os quais o sonho de transformar o mundo jamais se tornará real... 

Boa noite! (Nelson Maia)

 

N – BIOGRAFIA

O gênero discursivo biografia é composto por uma narração que busca reconstituir os fatos mais relevantes da vida de uma pessoa ou personagem, que, geralmente, alcançou a celebridade por meio de suas ações. A biografia tem como público, na maioria das vezes, pessoas curiosas que se interessam pelo lado mais humano da história e que, por meio da leitura, podem sentir-se mais próximas das personagens que admiram. Por se tratar de um texto de natureza narrativa, seu autor possui uma certa liberdade para se expressar, visto que as cenas criadas por ele são recriações de uma dada realidade, o que admite um componente ficcional, permitindo a exploração de recursos de linguagem para valorizar o texto. O texto biográfico objetiva proporcionar ao leitor a reconstituição, o mais real possível, de uma imagem da personalidade cuja vida está sendo contada. Por isso, as citações funcionam como um interessante recurso, porque permitem incorporar ao texto a "voz" daquela pessoa, associando-a a momentos importantes da sua vida.

 

Cinderela negra - A saga de Carolina Maria de Jesus
Carolina Maria de Jesus foi uma figura ímpar. Viveu sozinha, com três filhos – um de cada pai – em uma favela na cidade de São Paulo, desde 1947. Descendente de escravos africanos, nasceu em 1914, em Sacramento, um vilarejo rural no Estado de Minas Gerias e foi à escola apenas até o segundo ano primário. Trabalhou na roça com a mãe, desde muito cedo. Depois, ambas foram empregadas domésticas.

Já em São Paulo, na favela do Canindé, como catadora de papel e mãe de três filhos, escrevia folhas e folhas de histórias reais e imaginadas. Um dia, um jovem jornalista teve acesso a estes escritos e conseguiu ajudá-la a publicar o seu "Quarto de despejo", em 1960. O sucesso foi imediato. Vendeu o equivalente, naquele ano, a Jorge Amado. Seu livro foi publicado em 13 línguas, em mais de 40 países

Porém, sua trajetória, até a morte na década de 70, foi incomum e perturbadora. Carolina não se "enquadrou" como escritora famosa.(...). Em pouco tempo, ela foi forçada a voltar à condição de pobre, com dificuldades de sobrevivência. Na miséria viu terminarem seus dias, em 1977.

(adaptado do livro "Cinderela negra - A saga de Carolina Maria de Jesus", de José Carlos Sebe Bom Meihy e Robert M. Levine, Editora da UERJ, Rio de Janeiro, 1994)

 

 O –  Reportagem

A reportagem é um gênero discursivo que se caracteriza por apresentar informações sobre temas específicos. Tem por objetivo transmitir ao leitor informações novas, objetivas (que possam ser constatadas) e precisas sobre fatos, personagens, ideias e produtos relevantes, com a finalidade de contribuir para formar sua opinião. Seus leitores são as pessoas que procuram se manter informadas e não se satisfazem, apenas, com a leitura das notícias diárias, mas procuram explorar de modo mais aprofundado os vários aspectos associados a um determinado acontecimento. Pode ter caráter opinativo, questionando as causas e os efeitos dos fatos, interpretando-os e orientando os leitores.

Normalmente a reportagem apresenta a seguinte estrutura:

Manchete/título – deve despertar o interesse do leitor;

Lead – pequeno resumo que deve ser capaz de responder as seguintes questões: o quê, quem, quando, onde, como e por quê?; Em seguida, desenvolve-se o texto.

 

Acabou o vestibular

Cresce o número de escolas que selecionam
calouros com métodos alternativos

 

Quase 3 milhões de formandos no 2º grau estão neste momento se preparando para disputar os exames vestibulares. Pelo menos um terço desses adolescentes está matriculado em cursinhos para compensar as falhas de sua formação colegial. Às voltas com apostilas e pilhas de exercícios, dormem mal e enfrentam um stress violento. Pois bem. Esse inferno juvenil já tem remissão. "Acabou o vestibular." É com essa notícia para lá de boa que a Faculdade da Cidade, uma universidade privada carioca, abre o seu site na Internet. Em São Paulo, as Faculdades Metropolitanas Unidas seguem um caminho parecido e mesmo escolas públicas, como a Universidade Federal de Santa Maria e a Universidade de Brasília, UnB, já oferecem vagas segundo critérios que passam ao largo da crueldade do vestibular tradicional.

O Ministério da Educação não tem a menor idéia de quantas escolas estão usando métodos novos de seleção de calouros. Também não quer saber, já que a Lei de Diretrizes e Bases aprovada em 1996 conferiu às universidades autonomia para definir como bem entenderem os critérios de admissão aos seus cursos. Isso é bom ou é ruim para o ensino superior? "Nem bom, nem ruim", diz Carlos Alberto Serpa, do Conselho Nacional de Educação. "Os bons alunos acabarão procurando as boas universidades e nelas ingressarão — seja pela via de um vestibular, seja por qualquer outro critério", explica Serpa.

Cursinho e decoreba — O que assusta é que muitas faculdades de baixo nível aboliram o vestibular como um recurso a mais para atrair estudantes sem nenhuma condição de freqüentar um curso superior, num esquema "pagou-entrou". Seria uma forma de tentar cooptar clientes num momento em que 818 escolas particulares em todo o país disputam um mercado que parou de crescer já há alguns anos, fixando-se na casa dos 2 milhões de alunos. Antes, com a exigência de que todas as faculdades fizessem exames vestibulares, tinha-se a impressão de que havia algum crivo, por mínimo que fosse, para a entrada no 3º grau. Mas era só uma impressão, porque, na verdade, quem acabava entrando nessas arapucas era gente que não conseguia ser aprovada em nenhuma seleção séria. Não é aí que as coisas mudarão.

O que o fim do vestibular tem de bom é que acabará com o horror e a desumanidade de submeter os jovens a um exame estúpido, que exige o domínio artificialíssimo sobre todo o conteúdo do 2º grau. Na prática, o que se faz é estimular a indústria dos cursinhos e a decoreba de equações e fórmulas. As respeitadíssimas universidades americanas da Califórnia, Harvard, Yale, ou o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, que não têm vestibular, já mostraram o caminho. Seus alunos estão entre os melhores do mundo e são selecionados com base em entrevistas e avaliações de desempenho escolar no decorrer de todo o 2º grau.

A Universidade Federal de Santa Maria, do Rio Grande do Sul, e a UnB resolveram experimentar alternativas ao vestibular tradicional há dois anos. Tem sido um sucesso. Em vez da bateria única de testes no final do 2º grau, as duas universidades aplicam as provas em doses homeopáticas, ao final de cada ano letivo. Terminado o 1º, os colégios inscrevem seus alunos para testes a respeito do currículo desse ano. Findos o 2º e o 3º, o mesmo procedimento se repete. Somadas as notas obtidas ao longo dos três anos, os alunos são classificados. Entram na faculdade os primeiros colocados. Na Federal de Santa Maria, 20% das vagas são preenchidas segundo esse critério. Na UnB, a avaliação no decorrer do 2º grau responde pelo ingresso de 25% dos alunos.

Esse método permite que o estudante avalie o ensino que está recebendo durante o 2º grau. "O programa tem um importante papel educacional, porque o aluno do ensino médio acaba cobrando mais do professor", diz Ricardo Gauche, coordenador do Programa de Interação com o Ensino Médio da Universidade de Brasília.

Reportagem de Rodrigo Cardoso.