terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Interpretação de texto para o 1º ano do ensino médio

 

 

O PORCO VOADOR

 

FILADÉLFIA - Há coisas que só acontecem nos Estados Unidos. A Federal Aviation Administration, FAA, investiga como um porco - isso mesmo, um porco - de 135 kg conseguiu embarcar na primeira classe de um Boeing 757. E mais, nele viajou por seis horas. Segundo os relatos, o animal foi embarcado no dia 17 de outubro no vôo 107 sem escalas da companhia USAirways que saiu de Filadélfia para Seattle. A bordo, além do suíno, suas duas proprietárias e outros 198 "humanos". O vôo, noturno, transcorreu tranqüilo durante o percurso, com a maioria dos passageiros dormindo. A paz acabou no pouso  em Seattle. A FAA afirma que a confusão começou quando o Boeing 757 já taxiava na pista. Neste momento, o porco, estressado mesmo sem ter viajado na classe econômica, ficou descontrolado e começou a correr pelos corredores.

 

Perseguido pela tripulação, defecou em vários pontos, tentou invadir a cabine de comando e acabou escondendo-se na cozinha, onde foi cercado. O encrenqueiro foi expulso - por um elevador de carga - pelas donas.

 

De acordo com um jornal de Filadélfia, o porco embarcou no avião normalmente. Pelas escadas. Descrito como um animal de serviço – tipo guia de cegos - com peso declarado de apenas 5,8 kg, teve até direito a bilhete próprio adquirido no balcão. As aeromoças teriam tentado prendê-lo num compartimento na traseira, mas estava bloqueado. Instalaram o  porco, então, entre as poltronas 1A e 1C da primeira classe. "Estamos investigando todos os aspectos, de segurança e sanitários, deste fato. Temos que ver que política é essa da companhia", afirma o porta-voz da FAA, Jim Peters.   Todos os   tripulantes   estão  sendo   interrogados.  A USAirways permite que gatos, aves e pequenos cães  viajem com os passageiros, desde que em contêineres. Só abre exceção para "animais de serviço", como o porco foi descrito. "Isto não acontecerá de novo", garante um representante da empresa.

 
(JB, 1/11/00)

1) "Há coisas que só acontecem nos Estados Unidos."; essa afirmação inicial prepara o leitor para algo: 
a) humorístico      b) trágico   c) surpreendente    d) convencional      e) aterrorizante 

 

2) "A Federal Aviation Administration, FAA, investiga como um porco isso mesmo, um porco - de 135 kg..."; o segmento  isso mesmo, um porco é justificado porque: 
a) o fato aludido provoca certa estranheza no leitor.    b) o peso do porco é digno de admiração. 
c) a confirmação do fato pelo jornalista é indispensável.    d) a FAA só cuida de passageiros "humanos". 
e) é interessante causar surpresa no leitor.

 

3) "...como um porco [...] de 135 kg conseguiu embarcar na primeira classe de um Boeing 757"; a forma como foi escrito este segmento produz maior impacto no leitor porque: 
a) atribui a iniciativa do embarque ao porco.     b) mostra a sofisticação tecnológica do avião. 
c) indica a primeira classe como a destinada aos animais.   d) assinala a desproporção entre peso/tamanho do porco.    e) registra um fato incomum como normal.

 

4) Embarcar, na sua origem, era empregado com referência a barco, mas no texto aparece com referência a avião; o item abaixo uma palavra também mostra desvio do sentido original é: 
a) O avião vai decolar com o porco a bordo.         b) O porco chegou a enterrar as patas na comida. 
c) Os passageiros "humanos" estranharam o fato.     d) A poltrona ficou estragada por causa do peso do porco.      e) A investigação do incidente vai demorar.

 

5) Na sequência de frases de um texto há elementos que se referem a outros elementos anteriores; o vocábulo que, ao contrário dos demais, se refere a elementos posteriores, é: 
a) encrenqueiro   b) suíno    c) FAA    d) coisas     e) vôo

 

6) "Segundo  os relatos..."; o elemento sublinhado é semanticamente equivalente a: 
a) após     b) em segundo lugar     c) conforme    d) a posteriori      e) embora

 

7) Um vôo "sem escalas" significa: 
a) sem destino certo    b) fretado especialmente    c) sem horário fixo    d) com poucos passageiros 
e) sem paradas intermediárias

 

8) Num momento do texto o vocábulo  suíno  (geral) substitui  porco (específico); entre as substituições abaixo, aquela que apresenta estrutura diferente é: 
a) Boeing 757 - avião    b) poltrona - assento    c) comandante - tripulante 
d) USAirways - empresa   e) passageiro – cliente

 

9) Deduz-se da leitura do 2º parágrafo: 
a) A FAA não merece credibilidade.      b) O passageiro da classe econômica é bem tratado. 
c) A tripulação do Boeing foi bem treinada.    d) O porco estava acostumado a viajar. 
e) O porco também sofreu no incidente.

 

10) "...e acabou  escondendo-se na cozinha..."; o emprego do verbo acabar significa que: 
a) é a última de uma sequência de ações.   b) a narrativa chegou ao seu fim. 
c) o personagem mostra decisão firme no que faz.   d) o personagem vai sofrer uma derrota. 
e) a ação do personagem foi interrompida.

 

11) "Estamos investigando todos os aspectos, de segurança e sanitários, deste fato."; em outras palavras, a FAA está analisando: 
a) todos os aspectos do fato, mas principalmente os que envolvem segurança e higiene. 
b) alguns aspectos do caso, particularmente os que se prendem a seguro de vida dos passageiros e ao estado dos banheiros dos aviões. 
c) todos os aspectos do fato ligados à segurança e à saúde dos passageiros. 
d) somente os aspectos do fato de que participou o porco, ou seja, o da falta de atenção da tripulação.  
e) os aspectos de cuidados com a higiene nos aviões, além da preocupação com a revisão das aeronaves.

 

12) O mais surpreendente da história narrada é que: 
a) o porco tenha viajado tranqüilamente na primeira parte da viagem. 
b) toda a tripulação tenha cuidado do porco como se fosse um passageiro "humano". 
c) o animal tenha sido admitido na aeronave como "animal de serviço". 
d) tenham atribuído ao porco um peso maior do que a realidade. 
e) o suíno tenha subido pelas escadas do avião e recebido com honras pelas aeromoças.

 

1 c; 2 a; 3 a; 4 b; 5 d; 6 c; 7 e; 8 e; 9 e; 10 a; 11 c 12 a